6. Desesperada, mente.
Mentira, você não me ama.
Eu também, eu nunca te amei.
Mas o que importa a verdade
quanto esta sede quase mata a gente
e nada mais que uma ilusão ardente
pode saciar a vontade
de ter amor, mesmo fingido, mesmo molhado?
Verdade, eu nunca te amei.
Você também, nunca me amou.
Então diz que me ama. Desesperada, mente.
Te faço confissões alucinadas
e tenho febre ao teu lado do telefone
esperando tuas mentiras descaradas.
Sente, pouco importa a falsidade
e mente, mente, meu amor, espatifada, mente.
É tudo verdade, é tudo mentira.
Vamos voar num tapete voador
de olhos fechados, de mãos enlaçadas
como se houvesse amor, esquecer
que você não me ama
e eu também, eu nunca te amei,
meu amor, minha dor.
Desesperada, mente
mente, mente, meu amor
Alucinada, mente.
Eu também, eu nunca te amei.
Mas o que importa a verdade
quanto esta sede quase mata a gente
e nada mais que uma ilusão ardente
pode saciar a vontade
de ter amor, mesmo fingido, mesmo molhado?
Verdade, eu nunca te amei.
Você também, nunca me amou.
Então diz que me ama. Desesperada, mente.
Te faço confissões alucinadas
e tenho febre ao teu lado do telefone
esperando tuas mentiras descaradas.
Sente, pouco importa a falsidade
e mente, mente, meu amor, espatifada, mente.
É tudo verdade, é tudo mentira.
Vamos voar num tapete voador
de olhos fechados, de mãos enlaçadas
como se houvesse amor, esquecer
que você não me ama
e eu também, eu nunca te amei,
meu amor, minha dor.
Desesperada, mente
mente, mente, meu amor
Alucinada, mente.
Caio Fernando Abreu
Poesias nunca publicadas, Sem data.
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